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CUIDADOS QUE SE DEVE TER AO ACEITAR PAGAMENTO EM CHEQUE NA SUA LOJA

  • 28 de janeiro de 2020

O cheque é uma das mais arriscadas modalidades de pagamento hoje em dia, porque está sujeita a fraudes e a circunstâncias de inadimplência simplesmente imprevisíveis. Mas o que pode ser feito para diminuir os riscos ao se optar por receber pagamento em cheque?

1 – Peça os documentos do cliente

Os principais documentos de identificação de uma pessoa física são o RG (Registro Geral) e o CPF (Cadastro de Pessoa Física). Portanto, nunca se esqueça de pedi-los. Você pode, inclusive, pendurar um aviso na parede da loja informando aos clientes que só vai receber cheques com a devida apresentação desses documentos. Afinal, você não é obrigado, por lei, a aceitar pagamento em cheque. Tendo, em mãos, a identificação da pessoa será possível analisar se é ela mesma quem está assinando o cheque, reduzindo, assim, as chances de fraude.

2 – Consulte previamente o SCPC/Serasa

Com uma rápida pesquisa desse tipo, o lojista pode se precaver muito melhor contra situações em que o cliente não tenha crédito suficiente para pagar pelas mercadorias ou serviços que está comprando. Importante também é fazer uma consulta especifica para saber se o cheque foi sustado ou roubado. As consultas mais utilizadas são:

* Para consultar especificamente CPC ou CNPJ:

ACERTA

* Para consultar especificamente cheque:

ACERTA CHEQUE

Como diz o ditado: “prevenir é melhor que remediar”.

Observação: Para mais explicações sobre como fazer e utilizar as consultas entre em contato com a Aciapf (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Poço Fundo).

3 – Faça um cadastro de clientes

A inclusão do nome, do telefone e do endereço da pessoa em seu cadastro de clientes facilita, no futuro, que ela seja encontrada caso ocorra algum problema com o pagamento em cheque. Dessa forma, você terá os principais dados de contato do cliente em mãos, descomplicando enormemente a busca pelo inadimplente.

4 – Analise as condições físicas do cheque

Evite receber cheques que estejam rasurados, riscados ou de difícil leitura, com marcas e manchas que possam atrapalhar a percepção de seu conteúdo. O mesmo vale para cheques que apresentem aspecto muito envelhecido, pois a pessoa poderá estar utilizando uma ordem de pagamento referente a uma conta que já está encerrada ou inativa, por exemplo.

Vale reparar também na lateral do cheque. Se for serrilhada, isso demonstra que o papel foi destacado de um talão, tendo, assim, mais chances de ser verdadeiro. Caso contrário, as chances de que o documento seja falso ou clonado são bem maiores. Na dúvida, entre em contato com o respectivo banco emissor.

5 – Evite aceitar cheques de terceiros

A não ser em casos específicos, de pessoas que sejam seus parentes ou muito íntimas e confiáveis, fuja do recebimento de cheques assinados por terceiros. Se já é complexo ter certeza de que o cheque do cliente tem fundos e é válido, imagine de uma outra pessoa que nem está ali para que você verifique sua situação creditícia e analise seus documentos, não concorda? Igualmente, nada de trocar os cheques por dinheiro para as pessoas que batem à sua porta com essa proposta, entendeu?

Se você entender por bem aceitar cheque de terceiro, peça para endossa-lo, ou seja, “assinar atrás do documento”, não esquecendo, é claro, de fazer o cadastro do cliente (CPF, RG, endereço, telefone, etc). O endosso de um cheque é exatamente o que a definição diz: transferir um direito a um terceiro. Endossar um cheque é o ato de efetuar um pagamento usando um cheque de outra pessoa, ou seja, um cheque que não é seu.

Exemplo: Se você recebeu um cheque de um cliente e deseja efetuar o pagamento das compras do supermercado usando o mesmo, significa que você está endossando o cheque ao supermercado. Você deve então assinar o cheque no verso, colocando também os seus dados, como endereço e telefone. Esse procedimento evita transtornos para quem recebe o cheque endossado. Caso não tenha fundos no banco, o dono do supermercado deverá procurar quem endossou o cheque, ou seja, você, que assinou no verso do cheque.

Lembrando: anote, no verso do cheque, os números de telefone e do RG do emitente. Se necessário, ligue no ato para confirmar a validade do telefone informado. Há serviços no SCPC que confirmam se o telefone está ou não no nome do cliente. Persistindo a dúvida, condicione a venda à prévia compensação do cheque.

6 – Observe o comportamento do cliente

Confira se o cheque foi corretamente preenchido e se a pessoa anota valor e data no canhoto do documento. Isso vai mostrar que, provavelmente, a pessoa tem um mínimo controle sobre suas finanças, o que pode demonstrar que aquele dinheiro vai, de fato, existir em sua conta corrente.

7 – Explique os cuidados para o cliente

Explique sempre que os procedimentos adotados têm por objetivo proteger pessoas honestas como ele, evitando a circulação de cheques roubados e falsificados.